INTERAÇÃO E DEBATE: A Reflexão Em Sala De Aula
Resumo
DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
Curso de Direito UGB, Campus de Volta Redonda.
Aulas de linguagem jurídica, primeiro período.
OBJETIVOS DA AÇÃO
O objetivo da ação metodológica foi criar, inicialmente, um ambiente seguro (psicologicamente favorável para recebê-los”) para o discente desenvolver reflexões. Iniciar todo um processo de leitura que possibilitasse a esse leitor iniciante perceber a importância da argumentação de um texto.
Busquei aplicar as teorias de Carl Roger e John Lembo em práticas pedagógicas.
No ensaio do professor Dr. Gilberto Teixeira - FEA/USP -, O ensino universitário numa ótica rogeriana, há claramente questões relacionadas ao ensino-aprendizagem, professor-aluno, as quais adoto há muito tempo, desde os cursos de pós-graduação lato sensu em outras faculdades.
Cito: “Há, ainda um outro fator importante a ser pesado no relacionamento com alunos: o momento histórico vivido e do qual o estudante é parte ativa e passiva. O estudante traz para a sala de aula todas as ansiedades e experiências. Esses valores devem ser considerados em todos os momentos da vida do estudante. O desejo de entender o mundo que o cerca e a cultura de que faz parte é elemento propulsor para o aprendizado. Sua forma de expressar a realidade e criar soluções para os problemas inseridos em seu meio são formas de ampliar seus conhecimentos e atingir seus objetivos de maturidade. Sua forma de expressão não deve ser limitada por princípios e regras castradoras. Essas normas inibem a criatividade e o crescimento individual.”
O que faz com que eu atue em certa zona de risco, antes que a metodologia se instaure - diante de uma expectativa tradicional do aluno egresso do ensino médio que seria habitualmente esperar um repasse de informações para ser cobrado em uma avaliação.
Essa ação de “não utilizar normas que inibem a criatividade” traz outros resultados interessantes no desenvolvimento de aprendizagem (principalmente a valorização do indivíduo e seu potencial) e a convicção de que é possível, mesmo com turmas numerosas, elaborar, também, um trabalho individualizado.
E é esse desafio que me encanta na profissão: olhar o aluno como um cidadão crítico em formação – e com potencial para crescer intelectualmente no curso superior.
Buscar um caminho onde o conteúdo não seja meramente um repasse de informações, mas seja, principalmente, um elo entre o interesse do estudante em aprender e o estímulo para que ele pense. Desfeito esse papel “agente-paciente”, busco trazer à turma inquietações com vários posicionamentos em confronto, dentro, é claro, do nível de entendimento desse aluno iniciante.