AS BARREIRAS SOCIOECONÔMICAS NO ACESSO À PSICOPEDAGOGIA:

Implicações Éticas e Educacionais

Resumo

A educação pública brasileira enfrenta desafios estruturais que perpetuam desigualdades sociais, culturais e econômicas, como a falta de infraestrutura escolar, escassez de profissionais qualificados, violência e exclusão social. Essas condições afetam o desempenho escolar, principalmente de alunos em situação de vulnerabilidade. Nesse contexto, o psicopedagogo desempenha um papel essencial ao mediar o processo de aprendizagem, abordando dimensões cognitivas, emocionais e sociais, e promovendo intervenções que favoreçam a inclusão, o bem-estar e a equidade educacional. A psicopedagogia, fundamentada em autores como Vygotsky, Luria e Bourdieu, compreende a aprendizagem como um fenômeno social e cultural, influenciado pelas interações e pelo contexto. Vygotsky destaca a mediação pela linguagem e a zona de desenvolvimento proximal; Luria reforça a influência do contexto cultural no desenvolvimento cognitivo; e Bourdieu analisa a reprodução de desigualdades por meio do capital cultural escolar. O trabalho explora o papel do psicopedagogo na superação dessas barreiras, alinhado aos princípios do Código de Ética da Psicopedagogia, que enfatiza respeito à diversidade, inclusão e justiça social. Além disso, propõe estratégias práticas para promover ambientes escolares mais equitativos e garantir a educação de qualidade para todos, especialmente em escolas públicas.