QUANTIFICAÇÃO DE METAIS PESADOS EM FOLHAS DE MANDIOCA <i>(MANIHOT ESCULENTA CRANTZ)</i> COMO POTENCIAL INDICADOR DE CONTAMINAÇÃO AMBIENTAL
Resumo
A mandioca (Manihot esculenta Crantz) é um alimento de baixo custo que possui diversas propriedades benéficas, por isto está no cardápio de populações de países em desenvolvimento. O cultivo deste vegetal próximo a fontes de contaminação ambiental pode causar danos ao seu desenvolvimento, e, indiretamente, à saúde humana. O grupo dos metais pesados tem diferentes elementos contaminantes que não são degradados, e normalmente se acumulam em diferentes níveis tróficos das cadeias alimentares nos ecossistemas. Este trabalho teve como objetivo analisar ado solo de cultivo e das folhas de M. esculenta com a finalidade de verificar a presença de metais pesados, e se a mandioca pode ser utilizada como indicadora de contaminação por metais pesados. Então foram coletadas amostras de solo e folhas de mandioca cultivados próximo ao Distrito Industrial de Santa Cruz (Rio de Janeiro/RJ - Brasil) para detecção e quantificação de metais pesados por ICPOES. As análises indicaram a presença de manganês e molibdênio biodisponível (Mn – Fase 1: 8,23 ± 1,45 ppm e Fase 2: 2,66 ± 0,71 ppm; Mo – Fase 1: 1,16 ± 1,61 ppm e Fase 2: 12,52 ± 3,03 ppm) no solo. Nas folhas de mandioca foram identificados os metais pesados manganês (509,60 ± 187,70 ppm), chumbo (3,09 ± 2,61 ppm), zinco (124,30 ± 22,88 ppm), cobalto (0,98 ± 0,48 ppm), molibdênio (1,12 ± 0,21 ppm) e cádmio (0,31 ± 0,14 ppm). Esse resultado sugere que folhas de mandioca podem ser utilizadas na detecção de metais pesados no ambiente, indicando a contaminação gerada por fontes antropogênicas.