LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO NA GESTAÇÃO E A INFLUÊNCIA ALIMENTAR NA SUPERAÇÃO DA DOENÇA E NO GANHO EM QUALIDADE DE VIDA
Resumo
A manutenção da doença inativa em pacientes com Lupus Eritematoso Sistêmico (LES) durante a gravidez está ligada à diminuição de complicações. Diversos medicamentos podem ser prescritos, incluindo a hidroxicloroquina, que se mostra uma opção segura e eficaz a ser utilizada ao longo de toda a gestação. O LES é uma condição que afeta múltiplos sistemas do corpo, caracterizada por uma inflamação crônica de origem autoimune, que é complexa e possui uma heterogeneidade em suas causas ainda não totalmente compreendidas. Um aspecto relevante é que mulheres grávidas com LES estão suscetíveis a abortos espontâneos e mortes fetais, com uma frequência de aproximadamente 20% dos casos. Essa doença pode afetar pessoas de qualquer idade, raça ou gênero, embora apresente maior prevalência entre mulheres, especialmente na faixa etária de 20 a 45 anos, com uma proporção de 9 mulheres para 1 homem, sendo mais comum entre afrodescendentes. Este estudo visa investigar a influência da alimentação na evolução da doença e relatar os principais medicamentos utilizados, assim como a frequência de casos. A metodologia consistiu na análise de artigos e legislações dos últimos 24 anos. As gestantes com LES necessitam de uma equipe multidisciplinar devido às particularidades da doença e às alterações fisiológicas inerentes à gravidez. Além do aconselhamento pré-natal, uma dieta rica em alimentos naturais, como verduras, frutas, legumes e itens que contenham vitaminas, minerais, antioxidantes, ácidos graxos e fibras, é essencial para minimizar as reações adversas às terapias. Essas estratégias podem contribuir significativamente para o controle da doença e favorecer um desfecho positivo tanto para a mãe quanto para o feto.
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