PAPILOMA VÍRUS HUMANO
A Eficácia da Imunização em Pessoas Previamente Contaminada
Resumo
O Papilomavirus Humano (HPV) é fortemente responsável por infecções que provocam diversos prejuízos à saúde humana em homens e mulheres, porém é mais comumente conhecido por estar relacionado ao desenvolvimento do câncer de colo do útero, principalmente pela contaminação com os genótipos 16 e 18 do vírus. Este estudo possui o objetivo de compreender a eficácia da imunização da vacina em pessoas previamente contaminadas com algum dos genótipos do HPV, e, descrever os impactos positivos e negativos à saúde do indivíduo contaminado que optar pela vacinação. A metodologia empregada consiste em revisão bibliográfica com busca em artigos e livros analisando fontes de pesquisa nas línguas portuguesa e inglesa. O levantamento de dados foi feito de setembro de 2017 a junho de 2018. Os métodos de inclusão foram utilizados de forma criteriosa com intuito de reforçar a relação das palavras-chaves entre si construindo uma pesquisa bibliográfica sobre o HPV, artigos atuais que versassem sobre a vacina HPV, e, artigos internacionais reforçando sua importância não só no Brasil, mas também no exterior. Durante a pesquisa identificou-se que as infecções pelo HPV podem ser subclínicas, clínicas ou latentes, e, dentre as latentes, as do tipo assintomático se relacionam entre as mais perigosas. O diagnóstico da contaminação pelo HPV é realizado, principalmente, com o uso do exame de citologia oncótica, popularmente conhecido como exame preventivo de câncer de colo de útero ou Papanicolau. Entretanto, para detecção do genótipo do vírus que transmitiu a doença devem-se utilizar testes moleculares. Atualmente no mercado existem duas vacinas preventivas disponíveis contra o HPV: a vacina bivalente recombinante contra os subtipos HPV 16 e 18, de nome comercial Cervarix® e a vacina quadrivalente recombinante contra os subtipos HPV 6, 11, 16 e 18, cujo nome comercial é Gardasil®. Até o presente momento para os demais genótipos não existem vacinas ou medicamentos como medidas de prevenção. Como resultado deste estudo conclui-se que a vacina contra o HPV deve ser utilizada primariamente de forma preventiva, uma vez que seu espectro de eficácia é muito maior quando o indivíduo nunca teve contato com o vírus. Porém estudos mostram aumento significativo nos níveis de anticorpos de alguns tipos de HPV geneticamente bem próximos aos empregados em cada vacina, portanto o indivíduo previamente contaminado com algum genótipo do HPV poderá se imunizar contra os demais subtipos sem causar prejuízos à sua saúde.