A IMPRENSA COMO ESPAÇO PÚBLICO NA CIDADE DE VALENÇA
A Phenix, o Alagoas e o Regenerador e as Disputas Políticas envolvendo a Lei do Ventre Livre (1871)
Resumo
O presente trabalho é o resultado parcial da pesquisa realizada em nosso Estágio Pós-doutoral realizado Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO), vinculada à Linha de Pesquisa Instituições, Poder e Ciências e sob a supervisão do Prof. Ricardo Henrique Salles. Nosso objetivo é entender como os fazendeiros valencianos serviram-se dos jornais nas suas disputas políticas envolvendo o debate e a implementação da Lei do Ventre Livre, em 1871, Nesse sentido, analisamos três periódicos, a saber: A Phenix, (1866 - 1867), O Alagoas (1868 – 1870) e O Regenerador (1871 – 1872), Os três periódicos pertenceram ao português Custódio Antônio da Silva, um homem que iniciou sua vida profissional em Valença, trabalhando para João Rufino Furtado de Mendonça, um importante fazendeiro e político local. Nosso interesse nesses três periódicos é porque eles funcionavam como Espaços Públicos de poder, segundo o conceito defendido por Marco Morel. Nesses jornais, podemos perceber a articulação e os interesses dos grandes proprietários valencianos que se articulavam a fim de defenderem seus interesses políticos e sociais. Em se tratando da Metodologia, realizaremos uma análise qualitativa das fontes, a fim de extrairmos informações que nos ajudem a entender a complexidade das relações existentes entre os senhores de terras, o tipógrafo e as altas esferas de poder no Império. Acreditamos que esta é a forma mais adequada de extrairmos informações desse tipo de fonte, uma vez que trabalharemos com aspectos das relações sociais que não podem ser quantificados.