MEU PACIENTE TEM MICROCEFALIA
E agora?
Resumo
A microcefalia relacionada ao vírus Zika é uma doença nova, que está sendo descrita pela primeira vez na história, com base no surto ocorrido no Brasil. Caracteriza-se pela ocorrência de microcefalia com ou sem outras alterações no sistema nervoso central em crianças cuja mãe tenha histórico de infecção pelo vírus Zika na gestação. As crianças com microcefalia relacionada ao vírus Zika nos primeiros anos de vida também têm sido considerados críticos para o desenvolvimento das habilidades motoras, cognitivas e sensoriais das crianças. A estimulação precoce pode ser definida como um programa de acompanhamento e intervenção clínico-terapêutica multiprofissional com bebês de alto risco e com crianças pequenas acometidas por patologias orgânicas – entre as quais, a microcefalia –, buscando o melhor desenvolvimento possível, por meio da redução de sequelas do desenvolvimento neuropsicomotor, bem como de efeitos na aquisição da linguagem, na socialização e na estruturação subjetiva, podendo contribuir, inclusive, na estruturação do vínculo família/escola/psicopedagogo e na compreensão e no acolhimento familiar dessas crianças. O objetivo principal, deste trabalho, é analisar a situação das crianças que estão nascendo com microcefalia e chegarão às escolas e creches. Refletir sobre as deficiências que são diversificadas, como o psicopedagogo pode trabalhar e se preparar para receber essas crianças e como os educadores e diretores devem aprimorar o seu olhar pedagógico e flexibilizar as possibilidades de atuação e desenvolvimento desses indivíduos.