AS RELAÇÕES HISTÓRICAS DE SERVIDÃO E EXPLORAÇÃO LABORAL EM O PRIMO BASÍLIO, DE EÇA DE QUEIRÓS

  • Elisa Andrade Costa
  • Lucas de Souza
  • Nicoly Cruzeiro da Silva

Resumo

A presente pesquisa trata sobre as relações de trabalho no romance O primo Basílio, de Eça de Queirós. Escrita na estética do Realismo, traça, a partir de detalhes da convivência entre pessoas no espaço familiar, um retrato da sociedade burguesa da época, em Portugal. O tratamento dado às funcionárias domésticas merece observação na narrativa no que concerne ao descaso de uma burguesia que faz questão de estabelecer limites entre classes. Em um tempo de atraso para o país, havia o desejo elitista de seguir os padrões do restante da Europa, mais avançada economicamente. Essa imitação de valores entendia que o trabalhador não merecia ser tratado com humanidade, visto que era considerado inferior. Por sua vez, a classe trabalhadora, por meio da personagem Juliana, dinamiza a narrativa, fazendo-se perceber como ser que pensa e sente. Suas ações radicais no decorrer da obra chamam atenção à trajetória de submissão e humilhação no campo laboral. Ao observar as condições históricas do trabalho, pode-se fazer analogia entre o serviço prestado por Juliana e o regime de servidão, datado da Idade Média.

Como Citar
COSTA, Elisa Andrade; SOUZA, Lucas de; SILVA, Nicoly Cruzeiro da. AS RELAÇÕES HISTÓRICAS DE SERVIDÃO E EXPLORAÇÃO LABORAL EM O PRIMO BASÍLIO, DE EÇA DE QUEIRÓS. Simpósio, [S.l.], n. 9, feb. 2021. ISSN 2317-5974. Disponível em: <https://revista.ugb.edu.br/index.php/simposio/article/view/2236>. Acesso em: 24 nov. 2024.