Avaliação da Qualidade da Água do Rio Paraíba do Sul a jusante e a montante da Barragem de Santa Cecília localizada na Cidade de Barra do Piraí/RJ

  • UGB FERP UGB
  • Antônio Izolani
  • Tiago Bullé
  • Jonathan Trindade
  • Priscila Neubaner
  • Erivelto do Carmo
  • Nathiele da Silva

Resumo

A qualidade de vida e o padrão de uma população estão diretamente relacionados à sua
acessibilidade, disponibilidade e à qualidade hídrica, sendo esse, o recurso natural mais crítico
e mais susceptível a impor limites ao desenvolvimento, em muitas partes o mundo. Uma das
causas fundamentais do aumento no consumo de água é provocada pelo acréscimo da
população, estimada para o ano de 2030 em 8 bilhões de habitantes, com uma taxa de
incremento anual de 1,33%. Como o consumo atual da humanidade representa 11% da
descarga anual dos rios, estimada em 41.000 km3, o recurso é distribuído desigualmente no
planeta. Sendo assim, a demanda e a oferta dos recursos hídricos estão cada vez mais
comprometidas na medida em que, em muitos lugares do mundo, as águas superficiais e as
subterrâneas estão contaminadas com esgotos industriais, agrícolas e municipais. De acordo
com a Comissão Mundial da Água para o século XXI, mais de 50 % dos principais rios do
mundo estão contaminados, ou seja, apresentando uma baixa qualidade da água, pondo em
risco a saúde humana e dos ecossistemas. Nos últimos anos, alterações no regime de chuva
levaram as regiões mais populosas do Brasil, sobretudo o Sudeste, e também conviver com o
drama da seca. Os cientistas ainda se dividem entre os que atribuem essas alterações à
variabilidade climática de caráter cíclico, ou seja, que acontece naturalmente em décadas ou
até em séculos; ou às chamadas "mudanças climáticas" influenciadas pela ação predatória do homem sobre o planeta, gerando o aquecimento global. No entanto, não há dúvidas quanto
aos efeitos negativos do desmatamento, da ocupação desordenada das cidades, da poluição
dos rios e da falta de planejamento hídrico no país. Em São Paulo, por exemplo, a chuva até
que apareceu com força no início deste ano, mas caiu longe dos reservatórios: desabou em
cima da cidade impermeabilizada pelo asfalto e pelo concreto dos arranha-céus. A bacia
hidrográfica do Rio Paraíba do Sul, a exemplo de tantas outras, se encontra inserida na
problemática de degradação ambiental, apresentando ecossistemas dotados de grande
diversidade biológica. A vegetação apresenta remanescente de Mata Atlântica e ecossistemas
associados. Apesar da importância ambiental, a referida bacia é submetida a agressões
constantes, principalmente, por estar totalmente localizado em perímetro urbano, o que tem
provocado diversos impactos negativos, desrespeitando as leis ambientais brasileiras. O
presente projeto está avaliando a qualidade da água do rio Paraíba do Sul a jusante e a
montante da barragem de Santa Cecília, localizada na cidade de Barra do Piraí/RJ, em quatro
diferentes pontos. Nesta avaliação estão sendo utilizados os seguintes parâmetros físicoquímicos:
ph, Temperatura da água, Oxigênio Dissolvido, Alcalinidade Total, Dureza Total,
Cloretos, Demanda Química de Oxigênio (DQO), Fósforo, Fosfato e Nitrito. Também foram
realizadas análises microbiológicas nas amostras de água para verificar a presença de
coliformes totais/ E. coli. Foram analisadas amostras de água de duas coletadas nos quatro
pontos propostos. Todas as análises dos parâmetros físico-químicos e microbiológico foram
realizadas nos laboratórios de química e microbiologia do UGB campus Barra do Piraí. As
mesmas seguiram os procedimentos adotados no Manual Prático de Análise de Água
(FUNASA, 2006). O Oxigênio Dissolvido, a Alcalinidade Total, a Demanda Química de
Oxigênio (DQO) e a análise microbiológica avaliados em alguns pontos de coleta não
atendem a Resolução CONAMA 357/2005 e, no caso da DQO, o Conselho Federal de
Química (CFQ).

Como Citar
FERP, UGB et al. Avaliação da Qualidade da Água do Rio Paraíba do Sul a jusante e a montante da Barragem de Santa Cecília localizada na Cidade de Barra do Piraí/RJ. Simpósio, [S.l.], n. 4, oct. 2017. ISSN 2317-5974. Disponível em: <https://revista.ugb.edu.br/index.php/simposio/article/view/423>. Acesso em: 24 nov. 2024.