A JUDICIALIZAÇÃO DA VIDA E O FEITIÇO DA JUSTIÇA

  • UGB FERP UGB
  • Rosali Krejci

Resumo

A crença na lei como solução universal para todo e qualquer conflito impede a busca de
soluções que não passem pelo Poder Judiciário conduzindo, assim, a uma judicialização da
vida. A justiça que deveria pôr fim aos conflitos promovendo reencontros, reduzindo
desigualdades, se transforma num feitiço, pois, nos mantêm presos as amarras da lei, sob o
domínio da modelização das soluções legais. Situações paradoxais como a crescente
utilização da Justiça diante de pesquisas que revelam uma crescente descrença nessa
Instituição por parte da população. Muitas são as questões que surgem e que envolvem
conceitos como biopoder, produção de subjetividade, norma tratados por Foucault em
algumas de suas obras, pois, a lei como solução universal não é uma construção única, que
surgiu num instante determinado, mas sim, veio sendo construída ao longo do tempo. Da
mesma forma, as construções subjetivas que culminaram na judicialização da vida, na
normalização social, na criação de subjetividades identitárias como normal e anormal não são
a-históricas, atemporais. Muito mais que encontrar respostas, o objetivo do presente trabalho é
investigar quais foram essas construções e como estas foram se capilarizando na sociedade é o
objetivo desse artigo. A microfísica da lei que conduz a uma judicialização do cotidiano faz
da justiça um feitiço. A metodologia utilizada será a bibliográfica, cujos procedimentos serão
leitura e fichamento das obras principais, sobretudo a obra de Michel Foucault, bem como de
literatura secundária.

Como Citar
FERP, UGB; KREJCI, Rosali. A JUDICIALIZAÇÃO DA VIDA E O FEITIÇO DA JUSTIÇA. Simpósio, [S.l.], n. 4, oct. 2017. ISSN 2317-5974. Disponível em: <https://revista.ugb.edu.br/index.php/simposio/article/view/520>. Acesso em: 24 nov. 2024.