A VARIAÇÃO LINGUÍSTICA NO ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA

Uma Reflexão Teórica sobre as Competências da BNCC

  • Juliana Barros Nespoli

Resumo

Pretende-se, neste trabalho, contemplar alguns pontos teóricos que possam fortalecer na prática docente um tratamento da variação linguística que seja produtivo, de um lado, e que possa atender às demandas da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) que se julgam relevantes para o ensino de Língua Portuguesa, de outro. Para tanto, foram analisadas as competências da BNCC voltadas para o ensino de Língua Portuguesa no nível fundamental e médio que colocam em evidência a variação linguística. Em seguida, foi proposta uma discussão com base nos pressupostos da sociolinguística e no modo como esses pressupostos colaboram efetivamente para o ensino de gramática, mais precisamente de fenômenos variáveis, a fim de tornar viável a implementação das orientações curriculares. Esse encaminhamento foi exemplificado através da análise da concordância verbal, fenômeno variável alvo de avaliação e estigma social. Por fim, propuseram-se estratégias metodológicas para o enfrentamento do preconceito linguístico em sala de aula, a saber: a identificação e a conscientização. Conclui-se que o tratamento da variação linguística em sala de aula é um meio de garantir uma educação linguística de qualidade através da participação plena dos estudantes nas diferentes práticas socioculturais que envolvem os usos linguísticos.

Como Citar
NESPOLI, Juliana Barros. A VARIAÇÃO LINGUÍSTICA NO ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA. Simpósio, [S.l.], n. 9, fev. 2021. ISSN 2317-5974. Disponível em: <http://revista.ugb.edu.br/ojs302/index.php/simposio/article/view/2242>. Acesso em: 23 abr. 2024.