SE BEBER, NÃO TRABALHE

relatos de um conflito metalúrgico na "cidade do aço"

  • Luiz Felipe Monsores de Assumpção UGB
  • Caroline de Oliveira Rodrigues UGB/Acadêmica de direito

Resumo

Uma importante empresa situada na Região Sul-Fluminense, com unidades em Resende e Barra Mansa, adotou, unilateralmente, uma política de controle do acesso dos trabalhadores às suas plantas industriais. Tal controle se baseia na aplicação (supostamente) aleatória do teste de alcoolemia, com o uso do etilômetro, sendo que o critério utilizado para a vedação do acesso ao trabalho é o mesmo previsto no Código de Trânsito Brasileiro, ou seja, a “tolerância zero”. O conflito que eclodiu desse regulamento de empresa foi apropriado pelo sindicato de classe, que solicitou a intervenção do Estado, através do Ministério do Trabalho. Este artigo é, de fato, um relato de campo, com aportes teóricos e pretensão conclusiva, ainda que preliminar, do qual se antecipa e compartilha, à guisa de percepção, que o antagonismo que emerge desse conflito ressuscita um velho pressuposto: a do déficit moral do operário como um aspecto constituinte de uma ontologia de classe.

Biografia do Autor

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Mestre e Doutorando em Ciências Jurídicas e Sociais pela Universidade Federal Fluminense. Especialista em Direito do Trabalho e Legislação Social pela Universidade Estácio de Sá (2003). Graduado em Direito pela Universidade Estácio de Sá (2008) e em Ciências Econômicas pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (1991). Foi Técnico e Analista Judiciário do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região. Atualmente é Auditor-Fiscal do trabalho e Gerente Regional do Trabalho e Emprego de Volta Redonda, tendo também chefiado o Setor de Relações do Trabalho da GRTE/Volta Redonda, RJ. É professor do Centro Universitário Geraldo Di Biase, nas faculdades de Direito e Gestão de Recursos Humanos. No campo das ciências sociais aplicadas, tem experiência na área do Direito, com ênfase em Direito do Trabalho. No âmbito das ciências sociais, destacam-se os estudos nos sub-ramos da Sociologia do Trabalho e do Direito. É membro da Associação Brasileira de Pesquisadores em Sociologia do Direito (ABraSD), e da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação Interdisciplinar em Sociais e Humanidades (ANINTER-SH).

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Graduanda em direito pelo Centro Universitário Geraldo di Biase

Como Citar
ASSUMPÇÃO, Luiz Felipe Monsores de; RODRIGUES, Caroline de Oliveira. SE BEBER, NÃO TRABALHE. Simpósio, [S.l.], n. 6, fev. 2018. ISSN 2317-5974. Disponível em: <http://revista.ugb.edu.br/ojs302/index.php/simposio/article/view/658>. Acesso em: 18 abr. 2024.