FORMAÇÃO DE PALAVRAS E VISÕES ALTERNATIVAS NAS RELAÇÕES MORFOSSINTÁTICAS

FORMATION OF WORDS AND ALTERNATIVE VISIONS IN MORPHOSYNTHETIC RELATIONS

  • Rosângela Gomes Ferreira Divino
  • José Augusto de Oliveira Pires

Resumo

Este artigo tem por objetivo propor uma reflexão acerca do ensino de morfossintaxe do português brasileiro, a fim de contribuir com atividades que possam ajudar a professores da área sobre como lidar com o tema na sala de aula. Para abordar a questão, serão apresentadas propostas de como tratar das noções morfossintáticas nos processos de formação de palavras, ou seja, como os aspectos da morfossintaxe do português - conteúdo normalmente não agradável à maioria dos alunos e tido por eles como sem finalidade para entendimento e uso da língua – estão presentes não apenas nas orações, mas também em níveis menores, como nas palavras, em seus diversos processos de formação. A ideia é mostrar que essas operações refletem mecanismos conceptuais gerais, ou seja, formas de pensar e, por isso, estão presentes na língua, nos seus diversos níveis. Assim, esse estudo dialoga com premissas dos estudos cognitivistas, conforme Lakoff (1987), e também com os estudos recentes da gramática multissistêmica, de Castilho (2010), em especial com foco no dispositivo sociocognitivo, que afeta todos os sistemas linguísticos simultaneamente, ou seja, não há uma hierarquia entre os níveis da gramática. Este estudo, embora recorra a alguns aportes teóricos, como os mencionados acima, não se pautará em um em específico, visto que a proposta aqui não se trata de uma aplicação teórica, e sim visa a trazer contribuições para os profissionais de língua portuguesa em ensino médio e fundamental. 


Abstract:


This article aims to propose a reflection about the teaching of morphosyntax of Brazilian Portuguese, in order to contribute with activities that can help teachers of the area on how to deal with the theme in the classroom. To address the issue, proposals will be presented on how to deal with morphosyntactic notions in word formation processes, that is, how aspects of Portuguese morphogenesis - content not usually pleasing to most students and considered by them as having no purpose for understanding and use of language - are present not only in prayers but also in lower levels, as in words, in their various processes of formation. The idea is to show that these operations reflect general conceptual mechanisms, that is, ways of thinking and, therefore, are present in the language, in its different levels. Thus, this study dialogues with premises of cognitive studies, according to Lakoff (1987), and also with the recent studies of the multisystemic grammar, of Castilho (2010), especially with focus on the sociocognitive device, that affects all the linguistic systems simultaneously, or there is no hierarchy between levels of grammar. This study, although it uses some theoretical contributions, such as those mentioned above, will not be based on a specific one, since the proposal here is not a theoretical application, but rather aims to bring contributions to Portuguese-speaking professionals in teaching average and fundamental.

Referências

BASÍLIO, M. Teoria Lexical. São Paulo: Ática, 2007[1988]. 8ª edição. ___________________. Formação de classes de palavras no português do Brasil. São Paulo: Contexto, 2004.

CASTILHO, A. T. de. Nova Gramática do português brasileiro. 1. Ed., 1ª Reimpressão. São Paulo: Contexto, 2010.

CUNHA, Cunha. & CINTRA, Lindley. F. L. Nova gramática do português contemporâneo. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001[1985]. 3ª edição. 7ª impressão.

FURTADO, L. R. Análise semântico-cognitiva das substituições sublexicais em português. 74f. Dissertação (Mestrado em Língua Portuguesa) – Faculdade de Letras, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2010.

GONÇALVES, C. A. Atuais tendências em formação de palavras. São Paulo: Contexto, 2016. ___________________. Flexão e Derivação: o grau. In: Ensino de gramática: descrição e uso. VIEIRA, Silvia Rodrigues. BRANDÂO, Silvia Figueiredo (org.). São Paulo, Contexto, 2007.

HENRIQUES, C. C. Sintaxe: estudos descritivos da frase e exercícios com respostas. 3ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011.

LAKOFF, G. Women, fire and dangerous things: what categories reveal about the mind. Chicago: University Press, 1987.

RIO-TORTO, M. G. Morfologia Derivacional – Teoria e Aplicação ao Português. PORTO CODEX: Porto Editora, 1998.

SAUTCHUK, I. Prática de morfossintaxe: como e por que aprender análise (morfo)sintática. 2ª ed. Barueri, SP: Manole, 2010. Parâmetros curriculares nacionais: introdução aos parâmetros curriculares nacionais / Secretaria de Educação Fundamental. – Brasília: MEC/SEF, 1997. Parâmetros curriculares nacionais: língua portuguesa / Secretaria de Educação Fundamental. – Brasília: MEC/SEF, 1997.
Como Citar
FERREIRA DIVINO, Rosângela Gomes; DE OLIVEIRA PIRES, José Augusto. FORMAÇÃO DE PALAVRAS E VISÕES ALTERNATIVAS NAS RELAÇÕES MORFOSSINTÁTICAS. Episteme Transversalis, [S.l.], v. 9, n. 2, sep. 2018. ISSN 2236-2649. Disponível em: <https://revista.ugb.edu.br/index.php/episteme/article/view/982>. Acesso em: 21 nov. 2024.