QUANTIFICAÇÃO DE METAIS PESADOS EM FOLHAS DE MANDIOCA <i>(MANIHOT ESCULENTA CRANTZ)</i> COMO POTENCIAL INDICADOR DE CONTAMINAÇÃO AMBIENTAL

  • Vinicius Ribeiro Flores
  • Lidiane Coelho Berbert
  • Cristiane Pimentel Victório
  • Ida Carolina Neves Direito
  • Alexander Machado Cardoso

Resumo

A mandioca (Manihot esculenta Crantz) é um alimento de baixo custo que possui diversas propriedades benéficas, por isto está no cardápio de populações de países em desenvolvimento. O cultivo deste vegetal próximo a fontes de contaminação ambiental pode causar danos ao seu desenvolvimento, e, indiretamente, à saúde humana. O grupo dos metais pesados tem diferentes elementos contaminantes que não são degradados, e normalmente se acumulam em diferentes níveis tróficos das cadeias alimentares nos ecossistemas. Este trabalho teve como objetivo analisar ado solo de cultivo e das folhas de M. esculenta com a finalidade de verificar a presença de metais pesados, e se a mandioca pode ser utilizada como indicadora de contaminação por metais pesados. Então foram coletadas amostras de solo e folhas de mandioca cultivados próximo ao Distrito Industrial de Santa Cruz (Rio de Janeiro/RJ - Brasil) para detecção e quantificação de metais pesados por ICPOES. As análises indicaram a presença de manganês e molibdênio biodisponível (Mn – Fase 1: 8,23 ± 1,45 ppm e Fase 2: 2,66 ± 0,71 ppm; Mo – Fase 1: 1,16 ± 1,61 ppm e Fase 2: 12,52 ± 3,03 ppm) no solo. Nas folhas de mandioca foram identificados os metais pesados manganês (509,60 ± 187,70 ppm), chumbo (3,09 ± 2,61 ppm), zinco (124,30 ± 22,88 ppm), cobalto (0,98 ± 0,48 ppm), molibdênio (1,12 ± 0,21 ppm) e cádmio (0,31 ± 0,14 ppm). Esse resultado sugere que folhas de mandioca podem ser utilizadas na detecção de metais pesados no ambiente, indicando a contaminação gerada por fontes antropogênicas.

Como Citar
FLORES, Vinicius Ribeiro et al. QUANTIFICAÇÃO DE METAIS PESADOS EM FOLHAS DE MANDIOCA (MANIHOT ESCULENTA CRANTZ) COMO POTENCIAL INDICADOR DE CONTAMINAÇÃO AMBIENTAL. Episteme Transversalis, [S.l.], v. 10, n. 3, dez. 2019. ISSN 2236-2649. Disponível em: <http://revista.ugb.edu.br/ojs302/index.php/episteme/article/view/1687>. Acesso em: 26 abr. 2024.
Seção
Saúde e Meio Ambiente