TECNOLOGIAS COMERCIAIS PARA BIORREMEDIAÇÃO DE CORPOS HÍDRICOS

  • Amanda Rosa Rodrigues de Frias Centro Universitário Estadual da Zona Oeste – UEZO
  • Eidy de Oliveira Santos Professora Adjunta da UEZO

Resumo

Com a constante degradação dos corpos hídricos, a biorremediação vem sendo aplicada em como forma de descontaminação de ambientes poluídos, onde organismos vivos são usados para eliminar ou reduzir o teor de poluentes no ambiente. Neste trabalho, realizamos uma prospecção de tecnologias comerciais para biorremediação de água por meio de uma pesquisa no site de busca Google. Como resultado descrevemos três produtos disponíveis no Brasil, que remediam o ambiente contaminado através da bioaumentação. Na busca por produtos biorremediadores de água comercializados no mundo detectamos diversas linhas de produtos fabricados por três de empresas distintas. Tais tecnologias são diversas, compreendendo a eliminação dos contaminantes por absorção, bioaumentação e bioestimulação. O estudo sobre a temática da biorremediação em corpos hídricos e suas aplicações nos mostrou que, principalmente no Brasil, existe uma carência de produtos disponíveis no mercado.

Referências

ANDRADE, J. A.; AUGUSTO, F.; JARDIM, I. C. S. F. Biorremediação de solos contaminados por petróleo e seus derivados. Eclética Qúimica, v 32, n. 3, 2010.

ATLAS, R. M. Microbial degradation of petroleum hydrocarbons: an environmental perspective. Microbiological Reviews, Bethesda, v. 45, n. 1, p. 180-208, Mar. 1981.

AZEVEDO, D. A.; GERCHON, E.; REIS, E. O. Monitoring of Pesticides and Polycyclic Aromatic Hydrocarbons in Water from Paraíba do Sul River, Brazil. Journal of Brazilian Chemical Society, 15, 165, 2004.

BALAN, D. S. L. A indústria têxtil e o meio ambiente. Tecnologia limpa e controle ambiental. Química Têxtil, Barueri, v. 66, p. 26-31, 2002.

BEEKMAN, G.B. Water conservation, recycling and reuse. International Journal of Water Resources Development, v.14, n.3, 353-364, 1998.

BEHKI, R. M. et al. Degradation of atrazine, propazine, and simazine by Rhodococcus strain B-30. Journal of Agricultural and Food Chemistry, Easton, v. 42, n. 5, p. 1237-1241, May 1993.

BENTO, F. M. et al. Comparative bioremediation of soils contaminated with diesel oil by natural attenuation, biostimulation and bioaugmentation. Bioresource Technology, [S.l.], v. 96, n. 9, p.1049-1055, jun. 2005.

BIOPLUS. Disponível em Acesso em: 20 de mai 2020.

BIOROOTER. Disponível em Acesso em: 20 de mai 2020.

BÖCKLER, T. P.; BÖCKLER, K. K. P.; SIMM, K. C. B. Utilização de fungos na biorremediação de águas contaminadas por coliformes fecais. Revista Thêma et Scientia, v. 6, n. 2E, p. 282-296, 2016.

BOOPATHY, R. Factors limiting bioremediation technologies. Bioresource Technology. v. 74, p. 63, 2000.

BRADDOCK, J. F.; LINDSTROM, J. E.; BROWN, E. J.. Distribution of hydrocarbon-degrading microorganisms in sediments from Prince William Sound, Alaska following the Exxon Valdez oil spill. Marine Pollution Bulletin 30, Alaska, p.125-132, Feb. 1995.

BRASIL. Lei n. 9.279, de 14 de maio de 1996. Regula direitos e obrigações relativos à propriedade industrial. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil. Brasília, DF, 14 maio 1996. Acesso: 10 ago. 2020.

CAMPOS, I. Z. A. A importância de tratamento de águas residuais através da biorremediação: Uma análise principiológica. Revista FIDES, v. 5, n. 2, 2014.

CARNEIRO, D. A.; GARIGLIO, L. P. A Biorremediação como ferramenta para a descontaminação de ambientes terrestres e aquáticos. Revista Tecre, v. 3. n. 4, 2010.

CETESB: COMPANHIA DE TECNOLOGIA DE SANEAMENTO AMBIENTAL. Decisão de Diretoria nº 103/2007/C/E, de 22 de junho de 2007, 2007a. 40p. Disponível em: http://www.cetesb.sp.gov.br/. Acesso em: 13 ago. 2020.

CETESB: COMPANHIA DE TECNOLOGIA DE SANEAMENTO AMBIENTAL. Manual de gerenciamento de áreas contaminadas. Capítulo X - Investigação para Biorremediação, 2004. 77p.

COLLINS, Y. E.; STOTZKY, G. Heavy metal alter the electrokinetic properties of bacteria, yeast and clay minerals. Applied and Environmental Microbiology, New York, v. 58, n. 5, p. 1592-1600, May 1992.

CONCEIÇÃO, D. M. et al. Fungos filamentosos isolados do rio Atibais, SP e refinaria de petróleo biodegradadores de compostos fenólicos. Arquivos do Instituto Biológico, São Paulo, v. 72, n. 1, p. 99-106, 2005.

CORDAZZO, J. Modelagem e simulação numérica do derramamento de gasolina acrescida de álcool em águas subterrâneas.120p. Dissertação (Mestrado em Engenharia Mecânica) – Departamento de Engenharia Mecânica, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis. 2000.

CORRÊA, L. B. et al. O saber: resíduos sólidos de serviços de saúde na formação acadêmica: uma contribuição da educação ambiental. Interface: comunicação, saúde, educação, Rio Grande do Sul, v. 9, n. 18, p. 571-84, set./dez. 2005

DAMS, R. I. Pesticida: usos e perigos à saúde e ao meio ambiente. Revista Saúde e Ambiente, Joinville, v. 7, n. 2, p. 37- 44, dez. 2006.

ECOCLÃ. Disponível em Acesso em: 20 mai. 2020.

EPA: ENVIRONMENTAL PROTECTION AGENCY, UNITED STATES. How to Evaluate Alternative Cleanup Technologies for Underground Storage Tank Sites: A Guide for Corrective Action Plan Reviewers. Chapter XIII - Chemical Oxidation, EPA 510-B-94-003; EPA 510-B-95-007 and EPA 510-R-04-002, 2004.

GADD, G. M. Microbial influence on metal mobility and application for bioremediation. Geoderma.122, 109-119, 2004.

GADD, G. M.; WHITE, C. Heavy metal and radionuclide accumulation and toxicity in fungi and yeast. In: POLE, R. K.; GADD, G. M. (Ed.). Metal microbe interactions. Oxford: IRL, 1989.

GAYLARDE, C. C.; BELLINASO, M. L.; MANFIO, G. P. Aspectos biológicos e técnicos da biorremediação de xenobióticos. Biotecnologia Ciência & Desenvolvimento. Ano III, n.34, p. 36-43. 2005.

HARGREAVES, J. A. Nitrogen biogeochemistry of aquaculture ponds. Aquaculture, 166 (3-4), 181–212. 1998.

HU, X., CAO, Y., WEN, G., ZHANG, X., XU, Y., XU, W., XU, L., & LI, Z. Effect of combined use of Bacillus and molasses on microbial communities in shrimp cultural enclosure systems. Aquaculture Research, 48(6), 2691–2705. 2017

JACQUES, R. J. S. et al. Biorremediação de solos contaminados com hidrocarbonetos aromáticos policíclicos. Ciência Rural, Santa Maria, v. 37, n. 4, p. 1192-1201, 2007.

KUREK, E.; CZOBAN, J.; BOLLAG, J. Sorption of cadmium by microorganisms in competition with other soil constitutes. Applied and Environmental Microbiology, Washington, v. 43, n. 5, p. 1011-1015, May 1982.

LAZZARETTI, Eduardo. Bioaumentação: uma nova opção para o tratamento de resíduos orgânicos. 1998.

LEAVITT, M.; BROWN, K. L. Bioestimulation versus bioaugmentation three case studies. Lewis publishers. Boca Raton, p.72, 1994.

MACEDO, C.; ANGELI, R.; OLIVEIRA, S. D.; CARMO, F. L. Mapeamento tecnológico dos processos de biorremediação: Uma análise no contexto da biotecnologia sustentável. Cad. Prospec., Salvador, v. 8, n. 3, p. 450-458. 2015

MACHADO, K. M. G.; NASCIMENTO, E. A.; ARAUJO, J. C. S. B. Aplicação da biorremediação no estado de São Paulo. LEOPOLDIANUM, v. 1, n. 116, p. 18, 2016.

MARIANO, Adriano Pinto. Avaliação do potencial de biorremediação de solos e de águas subterrâneas contaminados com óleo diesel. 147 f. Tese (Doutorado em Geociências e Meio Ambiente) – Programa de Pós-Graduação em Geociências e Meio Ambiente, Universidade Estadual Paulista, Rio Claro, 2006.

MARIANO, A. P.; KATAOKA, A. P. A. G.; ANGELIS, D. F.; BONOTTO, D. M. Laboratory study on the bioremediation of diesel oil contaminated soil from a petrol station. Brazilian Journal of Microbiology, 38: 346-353. 2007

MARINE EASY CLEAN. Disponível em: Acesso em: 27 de mai. 2020.

MARINE EASY CLEAN, 2015. Enhancing nature to clean and restore nature, The Water Cleanser. Disponível em < http:// www.thewatercleanser.com.au> Acesso em 27 de mai. 2020.

MELO, I. S.; AZEVEDO, J. L. Microbiologia ambiental. 2. ed. rev. e ampl. Jaguariúna: Embrapa Meio Ambiente, 2008.

MEURER, B. C.; PEREIRA, O. A. F. C.; DAVID-SANTOS, E. P.; RODRIGUES, A. R. J.; ROSA, M.; PENETRA, M. B. D. Evaluation of new bio-stimulation technology as a solution for the pollution of Rio de Janeiro lagoons. Pensar Biologia. v. pp. 2017.

MEYER, U. Biodegradation of synthetic organic colorants. In: BROWN, A. W. A. Ecology of pesticides. New York: Jhon Willey, 1978.

MICROBIAL PRODUCTS. Disponível em Acesso em: 22 de mai. 2020.

MOREIRA, F. M. S.; SIQUEIRA, J. O. Microbiologia e bioquímica do solo. Lavras: UFLA, 2006.

MORIARTY, D. J. W. .1997. The role of microorganisms in aquaculture ponds. Aquaculture, 151, 333–349.

NRC: NATIONAL RESEARCH COUNCIL. In Situ Bioremediation: When Does It Work? Washington, DC, National Academy Press, 1993.

PANDEY, K. P., VIVEKANAND, B., & KUNDAN, K. Biofilm in aquaculture production. African Journal of Microbiology Research, 8(13), 1434–1443. 2014.

PRINCE, R.C. Petroleum spill bioremediation in marine environments. Critical Reviews in Microbiology, Philadelphia, Vol. 19, p. 217-242, 1993.

ROSA, R.; SOUTO, J.; MAGALHÃES, J. Excursão de Campo à Bacia do Recôncavo com a Universidade Federal da Bahia (UFBA); Roteiro de Campo. PETROBRÁS – UN-BA/ATEX/GL, Salvador, 2001.

SAKTHIPRIYA, N., DOBLE, M., & SANGWAI, J. S. Action of biosurfactant producing thermophilic Bacillus subtilis on waxy crude oil and long chain paraffins. International Biodeterioration and Biodegradation, 105, 168–177. 2015.

SANEAR BRASIL. Disponível em Acesso em: 20 de mai. 2020.

SANTOS, S. C.; CASTRO, D. C. M.; ASSUNÇÃO, P. S.; SANTOS, T. L.; QUINTELLA, C. M. Mapeamento Tecnológico de Processos Microbianos Aplicados na Biorremediação de Metais Pesados. Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará, Marabá, PA, Brasil. 2017.

SAYER, J. A.; GADD, G. M. Binding of cobalt and zinc by organic acids and culture filtrates of Aspergillus niger grown in the absence or presence of insoluble cobalt or zinc phosphate. Mycological Research, Cambridge, v. 105, p.1261– 1267, Nov. 2001.

SILVA, J. S.; SANTOS, S. S.; GOMES, F. G. G. A Biotecnologia como estratégica de reversão de áreas contaminadas por resíduos sólidos. Electronic Journal of Management, Education and Environmental Technology (REGET), v. 18, n. 4, p. 1361-1370, 2014

SILVEIRA, L. R.; TATTO, J; MANDAI, P. /Biorremediação: considerações gerais e características do processo. Engenharia Ambiental - Espírito Santo do Pinhal, v. 13, n. 2, p. 32-47, jul./dez. 2016.

SOUZA, E. S. Desenvolvimento de métodos de biorremediação aplicados a derrames de petróleo em água do mar - testes laboratoriais. 315f. 2003. Tese (Doutorado em Engenharia de Reservatório e Exploração de Petróleo), Universidade Estadual do Norte Fluminense – UENF, Macaé – RJ.

TEIXEIRA, A. S. Isolamento e caracterização de bactérias degradadoras de gasolina comercial. 95 f. 2007. Dissertação (Mestrado em Ciência do Solo) - Faculdade de Agronomia, Universidade Federal do Rio grande do Sul, Porto Alegre.

TIBURTIUS, E. R. L.; ZAMORA, P. P. Contaminação de águas por BTXS e processos utilizados na remediação de sítios contaminados. Química Nova. v.27, n.2, p. 441-446. 2004.

TOTAL BIO SOLLUTION. Disponível em Acesso em: 22 de mai. 2020.

UETA, J.; SHUHAMA, N. L.; CERDEIRA, I. K. Biodegradação de herbicidas e biorremediação: microrganismos degradadores do herbicida atrazina provenientes de solos da Região do Aquífero Guarani. Biotecnologia, v. 10, p. 10-13, 1999.

YANZE-KONTCHOU, C.; GSCHWIND, N. Mineralization of the herbicide atrazine as a carbon source by a Pseudomonas strain. Appl. Environmental Microbiology, Oxford, v. 60, n. 12, p. 4297-4302, Dec. 1994.

ZINKEVICH, V. et al. Characterization of exopolymers produced by different isolates of marine sulphate-reducing bacteria. International Biodeterioration Biodegradation, Barking, v. 37, n. 3-4, p. 163–172, 1996.
Como Citar
FRIAS, Amanda Rosa Rodrigues de; SANTOS, Eidy de Oliveira. TECNOLOGIAS COMERCIAIS PARA BIORREMEDIAÇÃO DE CORPOS HÍDRICOS. Episteme Transversalis, [S.l.], v. 14, n. 1, p. 109-134, abr. 2023. ISSN 2236-2649. Disponível em: <http://revista.ugb.edu.br/ojs302/index.php/episteme/article/view/2688>. Acesso em: 03 jul. 2024.
Seção
Saúde e Meio Ambiente