AVALIAÇÃO MICROBIOLÓGICA DE REFRESCOS DE REFRESQUEIRAS E ÁGUA DE COCO IN NATURA COLETADAS DE DIFERENTES PONTOS COMERCIAIS DA REGIÃO SUL FLUMINENSE

  • Ana Carolina Siqueira da Silva Alves Centro Universitário Geraldo di Biase, Volta Redonda, RJ/Brasil
  • Emmanuel de Castro Rezende Raposo Centro Universitário Geraldo di Biase, Volta Redonda, RJ/Brasi
  • Clariane Soares Elpídio Centro Universitário Geraldo di Biase, Volta Redonda, RJ/Brasi
  • Fransuelen Alves de Souza Azevedo Centro Universitário Geraldo di Biase, Volta Redonda, RJ/Brasil
  • Ludmilla Krystian Costa Lopes Centro Universitário Geraldo di Biase, Volta Redonda, RJ/Brasil
  • Felipe Mactavisch da Cruz Centro Universitário Geraldo di Biase, Volta Redonda, RJ/Brasil

Resumo

Os alimentos oferecidos à população devem ser produzidos e estocados com boas condições higiênico-sanitárias. Alimentos (e bebidas) contaminados com algumas espécies do gênero Salmonella poderem causar enterocolite grave e, em casos extremos, até a morte do indivíduo. Refrescos de refresqueiras e águas de coco in natura são amplamente comercializadas em nosso meio. Somando-se a isso, é observada uma carência de dados na literatura a respeito da segurança alimentar desses alimentos. Sendo assim, o presente estudo objetivou avaliar as condições microbiológicas das citadas bebidas. Para isso, a contagem de coliformes fecais e totais pela técnica do Número Mais Provável (NMP) e a pesquisa presuntiva de Salmonella por metodologias convencionais foram realizadas com amostras de refrescos de refresqueiras e águas de coco adquiridas em pontos comerciais da região Sul Fluminense do estado do Rio de Janeiro. Vinte e uma amostras foram analisadas, sendo 19 de refrescos e 2 de água de coco. As amostras foram coletada dos municípios de Barra do Piraí (14; 66,7%), Vassouras (4; 19%) e Volta Redonda (3; 14,3%). Dentre as 19 amostras de refresco, sete (36,8%) apresentaram alta concentração de coliformes totais, enquanto uma (5,3%) apresentou número de coliformes fecais em desacordo com a legislação vigente, além de seis (31,6%) mostrarem colônias sugestivas de Salmonella no ágar Hektoen. Dentre as duas amostras de água de coco, uma se mostrou imprópria para o consumo por conta do número de coliformes fecais apresentado. Os dados apontam a necessidade de mais estudos e melhor fiscalização dos estabelecimentos comerciais em nosso meio.

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Como Citar
ALVES, Ana Carolina Siqueira da Silva et al. AVALIAÇÃO MICROBIOLÓGICA DE REFRESCOS DE REFRESQUEIRAS E ÁGUA DE COCO IN NATURA COLETADAS DE DIFERENTES PONTOS COMERCIAIS DA REGIÃO SUL FLUMINENSE. Episteme Transversalis, [S.l.], v. 14, p. 118-129, jul. 2023. ISSN 2236-2649. Disponível em: <http://revista.ugb.edu.br/ojs302/index.php/episteme/article/view/2862>. Acesso em: 03 jul. 2024.