DOENÇA HEPÁTICA GORDUROSA NÃO ALCOÓLICA EM CRIANÇAS

  • João Vitor Dos Santos Dias Centro Universitário Geraldo Di Biase, Volta Redonda/RJ, Brasil
  • Andreza de Jesus Dutra Silva Centro Universitário Geraldo Di Biase, Volta Redonda/RJ, Brasil
  • Cláudio Márcio do Amaral Souza Centro Universitário Geraldo Di Biase, Volta Redonda/RJ, Brasil
  • Surama Moreira Gomes de Castro Centro Universitário Geraldo Di Biase, Volta Redonda/RJ, Brasil
  • Cyntia Ferreira de Oliveira Centro Universitário Geraldo Di Biase, Volta Redonda/RJ, Brasil

Resumo

A piora na prática alimentar da população aumenta o risco de desenvolver doenças crônicas não transmissíveis (DCNT). Segundo a Organização Mundial da Saúde, em 2019, as DCNT foram responsáveis por 74% dos óbitos no mundo. No mesmo ano, dados do Ministério da Saúde registraram que 54,7% dos óbitos foram causados por DCNT e 11,5% por agravos. Entre essas patologias estão as doenças hepáticas gordurosas não alcoólicas (DHGNA). Nos últimos anos a DHGNA tem sido diagnosticada em crianças. Durante a infância são desenvolvidos hábitos alimentares que perdurarão por toda a vida. Por outro lado, uma alimentação inadequada aumenta o risco de desenvolvimento das DCNT e, por conseguinte a DHGA. Muitas crianças com doenças hepáticas agudas ou crônicas irreversíveis e progressivas tem indicação de transplante de fígado. Segundo dados do Ministério da Saúde em 2018 foram 239 transplantes em crianças e adolescentes. Mesmo que a origem da esteatose não seja totalmente conhecida são necessários estudos frequentes para que se estabeleçam orientações clínicas nutricionais que possam melhorar a qualidade de vida desses indivíduos. Sendo assim, o objetivo do presente artigo foi, através de uma revisão bibliográfica, discutir a DHGNA em crianças. Por meio da leitura e interpretação do referido texto compreende-se que o risco de desenvolver DHGNA em crianças aumenta se as mesmas tiverem obesas e apresentem dislipidemias oriundas da síndrome metabólica. No entanto, ainda são necessários mais estudos que estabeleçam protocolos nutricionais para crianças com DHGNA a fim de, dar suporte para uma melhor orientação clínica nutricional.

Referências

ARAB, JP. DIRCHWOLF et. al. Latin American Association for the study of the liver (ALEH)
practice guidance for the diagnosis and treatment of non-alcoholic fatty liver disease. Ann
Hepatol: v. 19(6); p.674-690; 2020.
BAGHERNYA, M et al. Medicinal plants and bioactive natural compounds in the treatment of nonalcoholic fatty liver disease: a clinical review. Pharmacol Res v.130, n.17, p.213-240, abr. 2018.

BESSONE, F et. al. Review article: drug-induced liver injury in the context of nonalcoholic
fatty liver disease-a physiopatological and clinical integrated view. Aliment Pharmacol Ther: p.
1-22; 2018.
GOBATO, A. Prevalência de esteatose hepática em crianças e adolescentes com fibrose cística
e associação com o estado nutricional. Rev. Paul Pediatr: 37 (4); 435-441; 2019.
GOLABI, P et. al. Components of metabolic syndrome increase the risk of mortality in
nonalcoholic fatty liver disease (NAFLD). Medicine (Baltimore): v.97 (13); e0214; 2018.
HANNAH, I et. al. Nonalcoholic fatty liver disease in children. Springer International Publishing
Switzerland: 339-362; 2016.
KITADE, H et al. Nonalcoholic Fatty Liver Disease and Insulin Resistance: New Insights and Potential
New Treatments. Nutrients v.9, n.4, p1-13, abr. 2017.
LADEIRA, SHV et. al. Doença Hepática Gordurosa Não Alcoólica em crianças e adolescentes.
Rev. méd. Minas Gerais, p. 39-45, 2020.
LAUREN, F et. al. Hepatic steatosis is negatively associated with bone mineral density in
children. J. Pediatr: 233; 105-111; 2021.
LIMA, P et. al. Doença Hepática gordurosa não alcoólica, hormônios e exercícios físicos: uma
abordagem fisiológica. Revisão; 2017.
MALKI, G et. al. Association of hepatic steatosis with adipose and muscle mass and distribution
in children. Metabolic syndrome and related disorders: 21; 222-230; 2023.
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Disponível em:. Acesso em: 09/10/2023.
MUNHOZ, MP et.al. Incidência de Esteatose Hepática Gordurosa Não Alcoólica na população
adulta atual. Revista Saúde Uni Toledo: v.1; p. 110-122; 2017.
OKURA, H et.al. Under-reporting of Hepatic Steatosis in Children: a missed opportunity for early detection. Journal of Pediatric: 1-7;2021.
PANDYARANJAN, V et. al. Screening for Nonalcoholic Fatty Liver Disease in the Primary
Care Clinic. Gastroenterol Hepatol (N Y): v.15 (7); p.357-365; 2019.
SANTANA, JT et. al. Perfil metabólico e antropométrico dos pacientes obesos e não obesos
portadores de esteatose hepática não alcoólica. Revista Eletrônica Acervo Saúde: v.13(2); 2021.
SHAUNAK, M et.al. Non alcoholic fatty liver disease and childhood obesity. Arch Dis Child.
2021;106:3–8.
SPIEZIA, C et. al. Nutritional Approaches in Children with Overweight or Obesity and Hepatic
Steatosis. Review: v. 15; p. 2435; 2023.
TOMIC, D, KEMP, W, ROBERTS, SK. Non alcoholic fatty liver disease. Eur J Gastroenterol
Hepatol: v.30(10); p. 1103-15; 2018.
YOUNOSSI, Z et al. Global Perspectives on Nonalcoholic Fatty Liver Disease and Nonalcoholic
Steatohepatitis. Hepatology; 69 (6): 2672-2682; 2019.
Como Citar
DIAS, João Vitor Dos Santos et al. DOENÇA HEPÁTICA GORDUROSA NÃO ALCOÓLICA EM CRIANÇAS. Episteme Transversalis, [S.l.], v. 14, n. 3, p. 200-208, dez. 2023. ISSN 2236-2649. Disponível em: <http://revista.ugb.edu.br/ojs302/index.php/episteme/article/view/3041>. Acesso em: 28 abr. 2024.